Mesmo com a economia enfrentando uma forte crise mundial, as micro e pequenas empresas gaúchas acreditam que 2009 será reconhecido como um ano positivo para elas, de acordo com sondagem conjuntural realizada pelo Sebrae/RS realizada no mês de outubro. A avaliação foi feita junto a 600 MPEs no Estado e aponta que 63,7% delas confirmaram crescimento. A pesquisa mostra, também, que 90% das empresas têm preocupação com a inovação e 73,2% delas fizeram inovações: 61,8% em produto, 48,8% em serviços, 22,9% em processos e 14,3% em modelos de gestão.
O superintendente Sebrae/RS, Marcelo Lopes, avalia como importante este resultado, pois demonstra que as micro e pequenas empresas gaúchas estão buscando a sua modernização e mais competitividade no mercado. “Além disso, sentimos uma preocupação forte dos empresários em mostrar seus negócios para o mundo, pois 84,2% das MPEs dispõem de computador, sendo que 59,7% delas disponibilizam site na internet e 96,2% utilizam a rede mundial”.
Outro ponto levantado pelo dirigente é que os pequenos negócios do setor do comércio são os que mais apostam na retomada do crescimento (76%), seguidos pelas MPEs do setor de serviços (63,2%), da indústria (59%) e, por fim, da agropecuária (35,4%). Em matéria de projeção de investimentos, 36,4% afirmaram a intenção de investir em áreas como melhoria de instalações, aquisições de máquinas e equipamentos e no desenvolvimento de novos produtos.
Retomada econômica
As apostas na retomada econômica prosseguem para 45,4% dos entrevistados, que mantiveram a intenção de investimentos no decorrer do ano. Destes, 56% pretendem direcionar recursos para a melhoria das instalações e 25,9% à aquisição de máquinas e equipamentos. Na comparação com a primeira sondagem, divulgada pelo Sebrae/RS em março deste ano, percebe-se estabilidade no comportamento das micro e pequenas empresas.
Neste estudo mais recente, a instituição também apurou que 56,2% dos empreendimentos consultados têm necessidade e interesse ao acesso ao crédito. De acordo com 49,9% das MPEs, o objetivo da tomada de financiamento seria para investimento fixo, outras 28,5% para investimento com capital de giro associado, 16,6% para capital de giro puro e 4,7% para inovação tecnológica.
Sobre a conjuntura nacional, a comparação com a primeira e a segunda sondagens, revela um otimismo ainda maior. Na primeira mostra, divulgada em março, a perspectiva de crescimento econômico para o Brasil era apontada por 25,7% das empresas, número que saltou para 44,2% na segunda pesquisa, em julho, e, agora, totaliza 60,3%.
Quanto aos investimentos no País também impera a avaliação positiva. Para 62% devem aumentar, contra 48,6% das respostas da segunda sondagem e 20% registrados na primeira pesquisa. E a tendência de alta na criação de novos postos de trabalho é esperada por 68,3%%, contra 44,4% verificados na pesquisa de julho e 12,8% na mostra de março.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sebrae/RS