As pequenas e médias empresas brasileiras, diante da atual conjuntura econômica do país, estão ganhando importância e avançando de forma significativa em mercados antes reservados aos grandes negócios. No entanto, além de menor poder de capital em relação às maiores, elas carecem muitas vezes de visão de longo prazo, planejamento e assertividade, comumente trabalhando na margem da sorte.
Como é praticamente impossível esquivar-se dos desafios futuros, avançar para sobreviver nessa competição acirrada deixou de ser mero detalhe e tornou-se uma questão vital. Mediante esse cenário, investir na melhoria do capital humano é uma ferramenta indispensável para o sucesso. E é aí que muitas empresas – inclusive as pequenas e médias – estão recorrendo a um procedimento que impacta diretamente em seus resultados: o coaching corporativo.
O que é Coaching para Pequenas Empresas?
Desconhecido por muitos empresários, o termo coach significa treinador (de time esportivo). Assim como a figura do técnico de futebol – que todos conhecemos -, o coach fornece orientações para a equipe, traça objetivos e metas, estratégias e visões de curto, médio e longo prazos, mas não pode entrar em campo. Isso significa que, assim como em um time de futebol, a figura do coach sugere autogestão, trabalho intensivo em grupo, com valorização dos talentos individuais, sem a centralização da figura do “chefe”, mas sim de um “líder”. O coach, em vez de simplesmente delegar ordens, dá as diretrizes para que sua equipe, de forma participativa, persiga os resultados.
As pesquisas de mercado são enfáticas: mais do que crises econômico-financeiras, ações da concorrência e afins, a alta taxa de mortalidade das pequenas e médias empresas – que chega a 80% das empresas com até cinco anos de funcionamento – está diretamente atrelada à má gestão. E, quando falamos de “má gestão”, isso não é exatamente sinônimo de incompetência administrativa, mas também de excesso de centralização. E é justamente essa dinâmica que o coach vem desconstruir.
Geralmente, os donos de pequenos e médios empreendimentos atuam mais na lógica do “vivo para trabalhar” do que “trabalho para viver”, e justificam tal atuação em função da estrutura enxuta e do excesso de processos. No entanto, a empresa ideal é aquela que funciona bem sem o dono. Isso mesmo, sem o dono! Com uma equipe bem treinada, bem coordenada, orientada para a autogestão e com foco em resultados, é perfeitamente possível deixar o treinador no “banco de reservas”, ficando ao seu encargo somente monitorar o time e, eventualmente, convocar um dos membros da equipe para sugerir-lhe aperfeiçoamentos nos processos.
Pense em como adotar uma postura de coaching e no quanto isso pode otimizar os processos do dia a dia da sua empresa, fazendo você e sua equipe ganharem tempo, atenuar processos aparentemente burocráticos e, consequentemente, aumentar sua margem de lucro. Há várias escolas e cursos voltados ao tema, e você pode aprender mais sobre ele até mesmo pesquisando na internet.
Nas pequenas e médias empresas, não existe aspecto algum que não possa ser melhorado. Reveja os seus e os resultados não demorarão a aparecer!
*Com Informações de Roseli Garcia é diretora de parcerias e operações da Boa Vista Serviços/SCPCno site RevistaPEGN